Relatorio da epidemia de febre amarella em Lisboa no anno de 1857 / feito pelo Conselho Extraordinario de Saude Publica do Reino creado por decreto de 29 de setembro de 1857.

  • Portugal. Conselho Extraordinario de Saude Publica.
Date:
1859
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Credit: Relatorio da epidemia de febre amarella em Lisboa no anno de 1857 / feito pelo Conselho Extraordinario de Saude Publica do Reino creado por decreto de 29 de setembro de 1857. Source: Wellcome Collection.

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    c tirando d esse numero 539 bilhetes, ern que se não declara o tempo de duração da moléstia, e 85 em que a duração da moléstia excedeu quatorze dias, acha-se que nos 2:842 restantes a duração média da moléstia foi a seguinte: MEZES FALLECIDOS DIAS HORAS Julho { 7 Acosto 9 6 18 Setembro 173 5 4 Outubro 1:271 5 10 Novembro 1:091 5 20 Dezembro 298 o 4 2:842 A duração média da moléstia nos doentes que falleceram em domicilio até aos quatorze dias, sem attenção aos mezes, foi 5d,15 horas. Quando a epidemia foi em declinação era maior a duração da moléstia, mesmo nos casos falaes, e a morte não vinha com tanta rapidez. Houve poucos casos em que os doentes falieçessem nas primeiras vinte c qua- tro horas, mas houve bastantes em que falleceram com dois ou Ires dias de mo- léstia. O mappa acima mencionado mostra o numero de doentes que falleceram no fim do primeiro, segundo e terceiro dia, e d elle se vê que em todo o decurso da epidemia, dos doentes tratados em domicilio, falleceram 37 em vinte e quatro horas, 115 em dois dias, e 304 em tres dias. As mortes mais rapidas foram em maior numero em outubro. Em geral a ra- pidez da morte esteve na rasão da força da acção epidêmica. A mortalidade foi maior em outubro, depois cm novembro, dezembro, setembro e agosto. Os dias de moléstia, em que falleceram mais doentes, foram o quinto e o quarto, seguiram-se depois o sexto, o sétimo, o terceiro, o oitavo, o segundo, o nono, o de- cimo, o decimo primeiro, o decimo segundo, o primeiro, o decimo terceiro e o decimo quarto. No dia decimo quinto e d’cste por diante falleceram 85. Nos doentes em que a moléstia foi longa, quasi sempre houve complicações ou incidentes que retardaram a sua terminação. Muitas das considerações feitas a respeito dos doentes tratados e fallecidos em domicilio, serão repetidas e confirmadas no que se vae dizer a respeito dos doen- tes tratados nos hospitaes. HOSPITAES CfVÍS DE FEBRE AMARELLA Foram seis os hospitaes civis especia.es, destinados para o tratamento da febre amarella: os hospitaes da calçada de Santa Anna, do campo de Santa Clara, do recolhimento de Rilhafolles, do largo dos Loyos, do Desterro, e da rua de Santo Ambrosio. O hospital do largo do Conde Barão só recebeu alguns convalescentes, e esteve aberto poucos dias. O numero dos doentes tratados n estes hospitaes loi 5:161; sendo 4:043 ho- mens e 1:118 mulheres. O dos curados foi 3:229, dos quaes 2:499 homens e /30 mulheres. O dos fallecidos foi 1:932, sendo 1:544 homens e 388 mulheres. A pro-